I love ice fog days

Na minha opinião esses são os dias mais bonitos do inverno, não sei explicar as razões de sua formação, com as temperaturas estremamente baixas o ar ártico formam-se cristais de gelo ao invés de gotículas de água, produzindo esse lindo nevoeiro, as árvores ficam todas branquinhas, uma paisagem indescritível. Uma pena não ter acontecido muitas vezes nesse inverno.

Segue as fotos:

O primeiro Valentine’s Day

Pensávamos em sair para comemorar a data, cheguei a perguntar para algumas pessoas o que fazer neste dia, mas todos foram categóricos, sobre ir a um restaurante e muitos tem que reservar com certa antecedência. Quem me conhece sabe que eu AMO comida chinesa e japonesa [sushi], comida chinesa é até bem acessível e por aqui tem em toda a esquina, já o meu amado sushi é bastante caro, não tem muitos restaurantes e para piorar minha situação aqui não tem o rodízio (ainn que saudade do favorito dia de quarta feira,rs). Como a ordem da casa é economizar e esse fim de semana foi um frio daqueles, planejamos que nosso primeiro Valentine’s Day seria em casa comendo sushi, saímos as compras durante a semana , compramos os ingredientes e fomos os dois pra cozinha sushiman e sushiwoman experimentar a arte da cozinha japonesa. Marido passou o valentine’s day assistindo aula do mestrado até o fim da tarde e quando chegou eu o fiz ir comprar velas para enfeitar a mesa [queria entrar no clima da cultura canadense. Velas!] marido topou e saímos atrás das velas, potes de velas e afins [afinal era Valentine’s Day!!!], achamos o que eu queria e zarparmos pra casa para começar o sushi. Então...Não usamos o arroz correto, pois o meu mocinho queria por que queria usar o arroz 5 minutos, resolvi topar a criatividade dele , afinal ele quem ia pra cozinha, mas mesmo com o arroz errado o sushi ficou uma delícia, os primeiros ficaram atropelados e os bolinhos com salmão um pouco enooormes, mas o que vale é o sabor, Não é mesmo!?

Aqui esta o resultado. Até que para a primeira tentativa ficou bunitinhu =))))

Ah e minhas velas, eu toda feliz para fazer um charme, esquecemos de comprar fósforos, hehehe, sim, os fósforos para acender as velas, nem pensem em fogão nessas horas de desespero, pois casa de canadense o fogão é elétrico. O jantarzinho de Valentine’s Day foi sem vela acessa.

See you!

5 meses no Canada!!!

A medida que o tempo vai passando os sentimentos de saudades vem se intensificando mais, é difícil, muito difícil, vem os pensamentos de razão e emoção misturando-se, tento entender esse sentimento que toma conta de mim, fragilizando-me, porém ao mesmo tempo tornando-me tão forte. Ontem fiz uma caminhada pelo bairro quando voltava do meu curso de inglês, fui repletindo sobre o que tenho vivido por aqui, ao mesmo tempo que repletia fui observando cada detalhe em meu caminho, são deles que faz seguir feliz nesse país, sao eles que me faz acordar para a vida e perceber que já não vivo mais um um sonho e sim uma realidade. Qualquer dia eu conto que detalhes são esses que me faz tão feliz ,no meio de tantas razões e tantas emoções que a vida me cerca.

Encontrei um texto que tem tudo haver com essa mistura de emoções que tenho sentido:

"Morar fora nao é apenas aprender uma nova língua. Não é apenas caminhar por ruas diferentes ou conhecer pessoas e culturas diversificadas. Não é apenas o valor do dinheiro que muda. Não é apenas trabalhar em algo que você nunca faria no seu país. Não é apenas ter a possibilidade de ganhar muito mais dinheiro do que se ganhava. Não é apenas conquistar um diploma ou fazer um curso diferente. Morar fora não é só fazer amigos novos e colecionar fotos diferentes. Não é só ter horários malucos e ver sua rotina se transformar. Não é só aprender a se virar, lavar, passar, cozinhar. Não é só comer comidas diferentes, pagar suas contas, se preocupar com o aluguel. Não é só não ter que dar satisfações e ser dona do seu nariz. Não é só amar o novo, as mudanças e também sentir saudades de pessoas queridas e algumas coisas do seu país. Não é só levantar da cama em um segundo quando chega encomenda da sua família. Não é apenas já saber que é alguém do Brasil ligando quando toca seu celular todo domingo no mesmo horário. Não é só a distância. Não são apenas as novidades. Não é só uma nova vista ao abrir a janela. Morar fora é se conhecer muito mais… É amadurecer e ver um mundo de possibilidades a sua frente. É ver que é possivel sim, fazer tudo aquilo que você sempre sonhou e que parecia tão surreal. É perceber que o mundo está na sua cara e você pode sim, conhece-lo inteiro. É ver seus objetivos mudarem. É mudar de idéia. É colocar em prática. É ver sua mente se abrir muito mais, em todos os momentos. É se ver aberto para a vida. É não ter medo de arriscar. É aceitar desafios constantes. É se sentir na Terra do Nunca e não querer voltar. É querer voltar e não conseguir se imaginar no mesmo lugar. Morar em outro pais é se surpreender com você mesmo. É se descobrir e notar que na verdade, você não conhecia a fundo algo que sempre achou que conhecia muito bem: Você mesmo.”